terça-feira, 24 de agosto de 2010

Está acabando. Já estou de volta a terras espanholas. Muita coisa se passou nessas últimas 2 semanas, a mais notável delas foi o fim das maravilhosas férias nas ilhas gregas. Quero mais. Deveria ter ficado os 2 meses lá!

Brincadeiras à parte, aquela região realmente merece a fama que tem. É maravilhosa, especialmente Santorini.

Não fiz os 6 dias de praia como escrevi. Comecei pela terra do Minotauro, teria que dar uma fuga para perambular pela parte histórica de Iráclio, capital cretense, lugar de tanto valor histórico e mitológico. Bem interessante e frequentada em sua maioria por jovens. Pena somente que as praias legais ficam do outro lado dessa que é a quinta maior ilha do Mediterrâneo (atrás da Sicília, Córsega, Sardenha e Chipre, fora de ordem), então essa visita foi mais urbana e histórica. E que foi premiada na última noite com uma intensa chuva de meteoros que durou toda a madrugada. Indescritível.

Saindo de Creta, cheguei ao Paraíso, que atende pelo nome de Santorini. Uma ilha vulcânica, com o vulcão ainda ativo, com as vilas construídas bem no alto. Aquele cartão postal tradicional das ilhas gregas é aqui.

Free Image Hosting at www.ImageShack.us

Para poder ter mais liberdade, aluguei um quadriciclo pelos 2 dias, assim poderia pingar de praia em praia independente dos onibus, além é claro de poder parar em qualquer lugar e fazer o que bem entender. Essa foi talvez a melhor coisa que fiz em toda a viagem. Em nenhum ponto eu aproveitei tanto quanto em Santorini.
Acordava cedo, ia para uma praia, mergulhava, tostava um pouco no sol, pegava a moto, ia para outra, repetia o procedimento, parando no meio para uma cerveja BEM gelada e almoço, que o calor estava tenso. Com isso consegui conhecer Santorini inteira, aproveitando até bem depois do por do sol, quando parava para comer um crepe, tomar mais alguma coisa (já sem moto, claro).

Também gostava de sair dirigindo pelas estradas à noite, curtindo esse momento, parando para ver o céu estrelado, sentir o vento na cara e engolir mosquitos. Pequenos prazeres motociclísticos que eu sentia falta.

Saindo de Santorini, a barca para Mykonos, local que eu exclusivamente curti praia. Mais 2 dias tostando até o por do sol (aqui pelo menos acordava bem mais tarde, a praia ficava literalmente na saída do hotel), tomando cerveja, refletindo sobre a vida e nadando naquela imensidão azul.

Despedi-me da Grécia passando mais uma noite em Atenas, no mesmo hotel que fiquei antes que, sem exageros, possui a cama mais confortável que já dormi em toda minha vida, além de poder falar que vi 6 pores de sol em 6 dias, como esse aqui embaixo, em Santorini.

Free Image Hosting at www.ImageShack.us

Estava acabada a parte oriental da viagem. Próximo destino foi Porto, em Portugal. Uma cidade encantadora e acolhedora. Adoro Portugal e cada vez que vou lá, mais eu gosto. Aliás, isso vale para toda a península ibérica. Encontro com amigo, daqueles tão bacana que você lamenta por não poder ver sempre, passeio pela cidade e partida para outro continente: África.

Minha entrada e, infelizmente, única parada seria Marrakesh, dentro do Saara, no Marrocos.

Sabe o caos? É uma coisa evoluída e melhorada tendo como base esse local. Além do calor insuportável beirando os 45º durante o dia e os 37º à noite (quem falou que faz frio no deserto à noite é um grande brincalhão), as ruas são extremamente desorganizadas, um labirinto de formigas gigante e com passagens bem mais estreitas que se bifurcavam, trifurcavam e até mais. Para não me perder, decidi caminhar somente pela rua do hotel, numa inda e vinda estudada pelo mapa que passaria por alguns lugares interessantes.

Andei, cruzei aqueles mercados a céu aberto. Pelas ruas, se vende de tudo, mas principalmente tecidos e artesanato. Não encontrei nenhum mercado nem restaurante. Os locais que passam veículos não possuem nenhum tipo de sinalização por placas ou faixas pintadas. É uma terra de ninguém, com os carros andando numa loucura disputando espaço com motos, caminhões, bicicletas e pedestres, já que calçada não há ali. Invariavelmente carros invertiam a mão do tráfego, uma loucura. E claro que me perdi, mas acabei me achando sei lá como.

É preciso ficar esperto por lá, com os marroquinos te puxando pelo braço, tentando te vender tudo, etc. Tirando essas coisas, o lugar realmente é fascinante. A arquitetura totalmente diferente, o mundo árabe e suas peculiaridades e até o caos ganham uma beleza especial. Quis entrar em uma mesquita mas fiquei com receio de não me portar como deveria ou de desrespeitar algo de forma inconsciente, achei mais prudente olhar só da porta e me contive com isso.

Na hora de embarcar de volta para a Europa, uma série de problemas. Achei que me ferraria, mas consegui me virar e deu tudo certo. Ligo o iPod e o que toca?

Dá para não se animar com essa brincadeira do destino? Saí andando sorrindo como se minha vida fosse um comercial de margarina

Voltei à Europa, por Sevilha. A Espanha é demais. Um país que eu nunca dei muita pelota e que hoje sou completamente apaixonado. E Sevilha só reforçou isso, uma linda cidade, historicamente rica e peculiar, com suas influências romanas e muçulmanas, mas com uma raiz espanhola inegável, terra do flamenco, dança dos ciganos. Pena só que é quente demais, mas limpa, organizada, atraente.

Daqui a pouco embarco para Valencia curtir a tomatina (não sabe o que é isso? Pesquise no Google Imagens) com alguns amigos e a volta para Barcelona na quinta-feira, onde terei um dia e meio para dar meu adeus e voltar para o Brasil.

Um comentário:

Felipe Américo disse...

Nossa, sensacional!
Falei que vc iria curtir Sevilha!
No aguardo da sua volta!
Absss