domingo, 25 de outubro de 2009

Planejei o fim de semana para conhecer alguns lugares turísticos de Barcelona. Só consegui efetivar o plano hoje. E quase não consegui.
Acordei cedo, 8 horas. Saí do quarto e fui até a sacada do apartamento. O tempo estava nublado. Resolvi voltar pro quarto e esperar mais um pouco. As 9, continuava. 9:30 idem, então voltei pra dormir um pouco mais.
As 11:15 levanto, estava sol. Então comecei os preparativos.

Checa a bateria da câmera, checa a bateria da câmera reserva (uma portátil antiga que tenho), checa os cartões de memória, as lentes, o roteiro. Rumo ao Tibidabo!

Mas o que é o Tibidabo?

É uma montanha que limita a cidade ao Oeste e que no topo há uma torre de comunicações enorme, uma igreja que demorou 60 anos para ser construída e um parque de diversões inaugurado no século XIX (obviamente modernizado).

Para chegar lá é necessário tomar uma série de conduções, embora para mim o caminho já seja familiar, visto que meu curso fica ali perto, geograficamente dizendo. Escolhi o metrô e depois o Ferrocarril, um misto de trem com metrô. No ponto final, descemos e pegamos um bonde, daqueles clássicos. No fim da linha, um funicular, que é um outro tipo de bonde e finalmente chegamos.

Hoje não me alongarei muito na conversa, vou deixar as fotos para darem uma olhada. Elas estão em altíssima resolução e devem demorar para carregar, mas valem a pena. Infelizmente quando cheguei lá o tempo fechou, então ficou essa mancha meio cinza (que não é poluição) na paisagem. Quando estiver um dia de bastante sol, devo voltar lá para fotografar melhor.

E desculpem a qualidade das imagens. Sou iniciante. =P

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A Sagrada Família está bem aí no meio!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Parecia desculpa antecipada no último post mas não foi não, juro.
Não escrevi porque realmente não havia muito a falar.

O tempo está começando a esfriar. A máxima para hoje é de 17°C.
Nesses 3 dias fui um cara mais caseiro, aprendendo a cozinhar outras coisas, fazendo um ou outro reparo pela casa, faxina aqui no meu canto, terminando de organizar minhas coisas e fiquei lendo.

Sábado fui até o Parc Guell, dessa vez com a máquina.
O parque é muito bonito, uma das atrações mais populares da cidade.
Na hora de tirar a primeira foto, a surpresa. O idiota esqueceu a bateria carregando em casa. Segundo passeio sem fotos.

Mas recompensarei.

Hoje perdi um pouco de tempo com burocracias da prefeitura, mas nada demais.
As meninas com quem divido apartamento viajaram, então as coisas estão bem tranquilas por aqui.

Hoje também começam pra valer as aulas. Hora de rachar, porque aparentemente será bem trabalhoso. Como não vim para passear, vambora.

Quero ver se consigo passear mais pela cidade. Ainda conheço pouco. Sábado à noite fui até o Centro ver a vida noturna, mas estava muito cheio. E ainda por cima havia um protesto em frente à prefeitura, de direitos homossexuais, com direito até a gritos de :"Abra sua mente, libere o seu c*!" No mínimo, engraçado.

Abaixo, algumas fotos daqui do apartamento, para vocês conhecerem um pouco.


Essa é a vista da varanda. Lá no fundo, a Sagrada Família


A sala vista da porta da varanda


Meu laboratório de experimentos, a cozinha


Depois posto fotos do quarto e de alguns lugares.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Terceiro dia, este post será longo, já aviso.
Antes de tudo, gostaría de deixar claro que os posts não serão diários, mas agora no começo tem muita coisa pra falar, desabafar e descobrir. A possibilidade de eles terem sua frequência diminuída no futuro é relativamente grande.

Hoje levantei pela manhã já incentivado com a matrícula do Máster para fazer. Mas o sono me impedia, visto que demorei pra caramba para dormir essa noite. Enfim, criei coragem depois de 20 minutos deitado na cama olhando para o teto.

Todos esses dias (os 2 sem contar hoje hehe) eu tenho saído às ruas somente vestindo uma camiseta de manga curta. Hoje, porém, o frio veio um pouco mais forte e achei mais prudente vestir também um moletom. Enfiei os papéis na mala, vi o endereço pelo mapa e decidi tentar ir de ônibus, apesar de ter metrô na esquina do destino e daqui de casa. Pelo ônibus poderia conhecer melhor a cidade, ver coisas que em breve deixarão de ser novidades mas que por enquanto ainda é território a ser explorado e mapeado.

Impressionante! A cidade é realmente muito linda!

Não levei a câmera hoje, não tinha intenção de me alongar no passeio, coisa que me arrependi amargamente depois. Porém, farei o mesmo trajeto novamente no futuro e aí sim saio fotografando tudo.

Os ônibus aqui não possuem catraca, ficando o motorista responsável pela cobrança de quem não possui o passe, que é integrado entre trem, ônibus, metrô, bonde e tram. Validei meu passe e escolhi uma poltrona na janela, para ir acompanhando a paisagem, os prédios e a população.

O destino era numa das principais avenidas daqui de BCN, a Diagonal, que corta a cidade. E eu iria para a Zona Universitaria, que é um dos extremos dela, o oposto de onde estou, perto do Camp Nou, estádio do Barcelona. Essa avenida é muito larga, com areas de caminhada e bicicletas enorme, possui muitas lojas de luxo, me lembrando brevemente a Champs-Élysées de Paris (curiosamente pertinho da Diagonal também há um Arco do Triunfo). Nessa avenida era comum ver Ferrari, Aston Martin, Porsche. Mercedes e BMW eu nem comento porque há um monte por aqui. Carro de luxo no Brasil como esses, Passat, etc, são Taxi nessas bandas.

Meu destino era no número 684. Porém, diferentemente do Brasil, a numerãção aqui é baseada na quantidade de prédios e não pela distância. Quando consegui enxergar o 658, resolvi descer, por segurança. Até chegar ao meu número, passei por mais 4 pontos de ônibus e caminhei uns bons 15 minutos!

Depois de feita a primeira parte da matrícula (o resto só daqui alguns dias), decidi conhecer mais o centro da cidade, a parte mais turística. Peguei então o ônibus que iria até a Praça Catalunha e de lá sairía caminhando. No caminho, vi algo que imaginava haver somente no Brasil: pessoas no semáforo limpando o vidro dos carros com aqueles rodinhos e água na garrafa.

Atravessei a bela praça e suas fontes e rumei sentido sul, para a famosíssima La Rambla. Este local é um capítulo à parte.

Tirei meus fones de ouvido nos primeiros metros para poder ouvir e tentar identificar os idiomas que passavam por ali. Compreendi Italiano, Alemão, Francês, Português (brasileiro e lusitano), os óbvios espanhol e catalão, inglês (americano e britânico), e os prováveis russo, finlandês, japonês, chinês, meu parco islandês, algum(ns) idioma(s) árabe(s)... Enfim, um Atlas ambulante.

Neste local está presente todo tipo de infra-estrutura para turistas e seus truques para pegá-los. MUITA muamba (até cueca com I love BCN), lojinha de souvenir com coisas falsificadas, aquele mundo de Homens-Estátua como os do centro de SP, um mais criativo que o outro, alguns usando até aquele apito irritante que emula uma voz aguda como se o rapaz tivesse inalado gás hélio.

Há uma série de excentricidades no local. Uma delas era um cara com o corpo pintado de negro, roupa do Barcelona, uma bola e uma prótese dentária cavalar: era o "Ronaldinho de la Rambla", erroneamente anunciado como Ronaldo del Madrid por uma senhora transeunte após expressão de espanto. O cara ficava lá fazendo embaixadinhas e micagens em geral, coisa comum nas Ramblas.

Lembram-se que comentei do cheiro da cidade em outro post? Ele realmente existe e está por todo lado! Até neste local lotado de gente era facilmente perceptível.

Entrei no Mercat de Sant Josep, um mercadão municipal estilo o de São Paulo, com o odor do mercado de peixes de Santos. Uma infinidade de alimentos e afins eram oferecidos ali, a preços nem sempre tão módicos.

Continuando meu passeio para o sul, encontrei um Serguei-cover (será que existem 2 no mundo?) e um restaurante pequeno, com umas 3 mesas, chamado Brasil. Como já era hora do almoço, fui checar o cardápio. De brasileiro, só o nome. Nenhuma comida típica daí ou mesmo caipirinha eram vendidos. Além de tudo, era bem caro. Adiós!

Interessante também notar como aqui as pessoas alternam do catalão para o castelhano sem problema nenhum, inclusive em uma únca frase pode ter os 2 idiomas, e na maior naturalidade.

Nos locais oficiais, há primeiro a bandeira da Catalunha, depois a da UE e só depois a da Espanha.

A melhor coisa que poderia ter feito hoje (além de ter levado a câmera) foi ter levado meu bloco de notas, para ir anotando todas essas coisas.

E a invasão chinesa aqui é impressionante também. Há vários bazares deles pela cidade, e nas Ramblas não era diferente.

Parei em frente ao que poderia ser meu apartamento hoje. Agradeci ao destino por ter me impedido. O local é muito zoneado, vizinho de um peep show, não quero nem imaginar como é a noite por ali.

Andando mais um pouquinho, vejo o famoso Monument a Colom, uma enorme coluna de ferro fundido com uma estátua de Colombo no alto, apontando para o mar, à sua frente.

O mar! Ah, o mar! Para mim, sem saber o real motivo, o momento mais emocionante da viagem foi chegar e avistá-lo. Aquele barulho hipnotizador das ondas batendo no cais somados ao canto das gaivotas. Me deitei em uma mureta e fiquei só curtindo esse momento por uns 20 minutos. Que coisa incrível aquela imensidáo à frente, os iates, os barcos de turismo, a visão de Barceloneta e seus prédios antigos ao lado, o rapa da polícia... Peraí! Rapa?

Pois é. Lembra dos muambeiros. Há aqui no Port Vell (Porto Velho) também. E aqui a polícia também proíbe e corre atrás dos caras. Eu vi um rapa na Europa! Rá!

Continuei caminhando ao longo do mar e seus deliciosos restaurantes a céu aberto, quando me deparo com um corinthiano. Xingo feito de meu lado, xingo respondido pelo outro, seguimos a vida.

Um homem com uma camisa da Roma me pediu para fotografá-lo, falando em italiano. Mas ele obviamente não era de lá, pela sua aparência e pelo seu sotaque. Puxei papo, era egípcio. Ficamos conversando e trocando informações de viagens por uns 10 minutos, quando cada um tomou seu rumo para nunca mais nos encontrarmos fisicamente, mas que seguramente lembraremos quando chegarmos aos locais indicados. Um pouco mais a frente encontro os muambeiros do rapa lá de trás.

Parei para tomar um sorvete mas desisti depois que vi o preço. A essa altura, depois de mais de 2h30 de caminhada, já havia retirado o moletom que trazia vestido.

Andei mais uns 5 minutos e vi novamente os caras do rapa lá na frente. Mas como esses caras passaram por mim correndo e eu não vi em uma avenida reta? Um dos mistérios da vida.

Continuei caminhando pela região, já passando pelo 3° bairro do dia, o Gótico, com suas ruas extremamente apertadas, sinuosas, medievais, com gárgulas nas casas para espantar tudo. Me perdi naquele labirinto algumas vezes, mas também achei locais fantásticos que voltarei em breve, perfeitos para tomar um vinho no meio da rua e se sentir no interior da Europa.

Cheguei ao Arco do Triunfo e seu belo parque em frente (Parc de la Ciutadella) mas sem coragem de enfrentar hoje mais esse desafio, depois de mais de 4h caminhando. Meus pés estavam me matando e pedindo arrego.

Entrei no metrô e vim para casa almoçar. No caminho, numa saída de escola, havia um moleque catalão de uns 12 anos com uma camisa do VASCO!

Hoje tem jogo da Argentina e estou pensando em assistir no restaurante porteño que há aqui ao lado, com a camisa do Brasil, mas acho que a Espanha já tem conflitos demais, não vamos criar outro.

Até breve!

PS: Comprei um celular daqui hoje. Quem quiser o número, me peça pelo MSN ou Skype ou ainda pelo email.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Energias recuperadas, pelo menos por enquanto, acho que já me acostumei com o fuso daqui.

Acordei bem cedo hoje, nem estava claro ainda. Mas depois voltei a dormir e acordei bem tarde. Normal, em decorrência do estado que estava ontem.

Saí para bater canela hoje e só me confirmou que a cidade realmente é muito bela. Ainda não tive a chance de ir até a praia, mas acho que faço isso essa semana ainda.
Amanhã devo comprar um celular. Assim que tiver o número passo a vocês. Acredito que torpedos chegam aqui sem problemas.

A Sagrada Família é uma coisa impressionante vista de fora. Não entrei, ainda.
Aqui da varanda do apartamento dá para vê-la, já que moro na mesma rua. São 15 minutos de caminhada, aproximadamente.

Não, não levei máquina para fotografar, mas oportunidades não faltarão.

Ainda há muita burocracia para resolver, mas não deve demorar. Assim espero.

Hoje tive a apresentação do curso que farei. Parece ser muito interessante, e bem puxado também. Há outros 2 brasileiros na turma, o que pode facilitar algumas coisas também.

Aliás, o campus é uma casa maravilhosa, linda demais mesmo. Se eu fosse ricaço, compraria para transformar em minha residência, no alto da montanha, com vista para boa parte da cidade (senão inteira) até o mar que se perde no horizonte, toda construída no estilo villa, com um jardim fantástico. Coisa dos sonhos.

O clima está relativamente ameno, mas começando a esfriar, de acordo com os locais. Agora, 23h, está 18 graus.

Aqui ao lado de casa tem um café de uma família argentina. Quinta-feira vou lá encher o saco deles com minha camisa do Brasil caso eles fiquem de fora da Copa. =P

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Escrevendo já do conforto de casa. Aliás, ainda não é conforto já que estou mergulhado em malas que ainda demorarão algum tempo para serem desfeitas.

Me enganei quando dizia que a ficha só iria cair no momento que entrasse no avião. Ela caiu antes, na noite anterior. Foi duríssimo dormir e ficar pensando que era a última noite em um bom tempo naquele ambiente tão familiar e aconchegante. O que será que vou encontrar? Como será minha vida por lá? Como vou me virar sem todos aqui.

A dúvida bateu muito forte até mesmo dentro do avião. Estou fazendo a coisa certa? Olha só quanta coisa para trás estou deixando!

Sair da zona de conforto é foda. As coisas apertam e é preciso força e coragem para encarar os desafios, muito mais do que estava pensando (pelo menos até agora).

No avião, que mais parecia uma lata de sardinha com asas, sentei-me nas fileiras do meio, poltrona no corredor, o que só resulta que a solução do problema de falta de espaço para os joelhos acompanha uma série de chutes no pé por pessoas desatentas.

Ao meu lado, sentou-se uma brasileira casada com um espanhol. Pessoa não muito dotada de conhecimento, tanto que falava um idioma exclusivo dela (esqueceu o português e não sabe direito o espanhol).

No começo do vôo foi servido o almoço. Fiquei na dúvida entre o caneloni mole como prego ou no filé de frango de 7 cm nadando no mar de ervilhas. Optei pela pasta.

Deveria ter escolhido a espuma da poltrona. Seria mais macia e mais saborosa.

Logo após o almoço, o avião passou por uma zona de turbulências. E eu de pança cheia, aquele monte de Coca-Cola nos copos, o avião dançando o Tchan no ar, aquela zona. Maravilha.

Mas passou rápido. Resolvi colocar os fones de ouvido fornecidos para ouvir à radio disponibilizada à classe Porão. Os fones só funcionavam de um lado, direito, o prendedor machucava além da conta e o plug não encaixava direito. Porém, tocava Beatles, o que acalmou bastante as coisas. Pelo menos naqueles 2 minutos.



Tentei dormir um pouco, em vão. Já era esperado mesmo.

E assim a viagem foi seguindo até chegar a Madri, a escala, a troca de aviões e o vôo até Barcelona.

A cidade é linda, de cima e aqui por baixo. Até o cheiro na rua é diferente. Impressionante.

Mas estou pregadasso. Preciso comer algo e descansar, já que estou acordado desde sábado e são 14:15 de segunda agora.
Tentarei passear um pouco hoje, mas acho que o corpo não permitirá.

Até breve, pessoal.