segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Escrevendo já do conforto de casa. Aliás, ainda não é conforto já que estou mergulhado em malas que ainda demorarão algum tempo para serem desfeitas.

Me enganei quando dizia que a ficha só iria cair no momento que entrasse no avião. Ela caiu antes, na noite anterior. Foi duríssimo dormir e ficar pensando que era a última noite em um bom tempo naquele ambiente tão familiar e aconchegante. O que será que vou encontrar? Como será minha vida por lá? Como vou me virar sem todos aqui.

A dúvida bateu muito forte até mesmo dentro do avião. Estou fazendo a coisa certa? Olha só quanta coisa para trás estou deixando!

Sair da zona de conforto é foda. As coisas apertam e é preciso força e coragem para encarar os desafios, muito mais do que estava pensando (pelo menos até agora).

No avião, que mais parecia uma lata de sardinha com asas, sentei-me nas fileiras do meio, poltrona no corredor, o que só resulta que a solução do problema de falta de espaço para os joelhos acompanha uma série de chutes no pé por pessoas desatentas.

Ao meu lado, sentou-se uma brasileira casada com um espanhol. Pessoa não muito dotada de conhecimento, tanto que falava um idioma exclusivo dela (esqueceu o português e não sabe direito o espanhol).

No começo do vôo foi servido o almoço. Fiquei na dúvida entre o caneloni mole como prego ou no filé de frango de 7 cm nadando no mar de ervilhas. Optei pela pasta.

Deveria ter escolhido a espuma da poltrona. Seria mais macia e mais saborosa.

Logo após o almoço, o avião passou por uma zona de turbulências. E eu de pança cheia, aquele monte de Coca-Cola nos copos, o avião dançando o Tchan no ar, aquela zona. Maravilha.

Mas passou rápido. Resolvi colocar os fones de ouvido fornecidos para ouvir à radio disponibilizada à classe Porão. Os fones só funcionavam de um lado, direito, o prendedor machucava além da conta e o plug não encaixava direito. Porém, tocava Beatles, o que acalmou bastante as coisas. Pelo menos naqueles 2 minutos.



Tentei dormir um pouco, em vão. Já era esperado mesmo.

E assim a viagem foi seguindo até chegar a Madri, a escala, a troca de aviões e o vôo até Barcelona.

A cidade é linda, de cima e aqui por baixo. Até o cheiro na rua é diferente. Impressionante.

Mas estou pregadasso. Preciso comer algo e descansar, já que estou acordado desde sábado e são 14:15 de segunda agora.
Tentarei passear um pouco hoje, mas acho que o corpo não permitirá.

Até breve, pessoal.

8 comentários:

Leandro Gonçalves disse...

Saudades, cara!!!

Muito, muito boa sorte aí pra você!!! Tô por aqui caso precise conversar e tal, tens meu skype e teu novo blog tá no meu reader! =D

pessoa disse...

quando é que você vai atrás do messi pra vir jogar no juve? é amanhã? poste aqui! abraços

ghnogueira disse...

É fiote, vida de viajante num é mole não! Mas não tenho dúvida que vai se dar bem aê. Grande abraço!!!

Unknown disse...

¡Holla hombre!
Bom ver que esta tudo em ordem por ae.
Deixar a "zona do conforto" eh realmente complicado, quer se trate de cruzar um rio e ir morar em outro estado ou cruzar um oceano e ir pra outro continente.
seu caso ainda tem a agravante da diferença de pais, mas com vontade, v. tira de letra.
abraço e boa sorte ae!

Rafael Rego disse...

Hoje vi na Globo News um especial sobre Olimpiadas, e dedicaram boa parte do tempo a mostrar como Barcelona evoluiu em função dos jogos olimpicos de 92.
Realmente parece uma cidade muito bonita!
enfim...abraço!

HMH disse...

Feliz dia de los niños!

Aninha disse...

Tho,
que barra essa viagem longa, hein?
mas calma, mesmo que ainda em meio as malas intermináveis e tal, vc está em casa agora.
espero que logo se recomponha e aproveite barcelona.
tem tudo pra dar certo.
ia te desejar boa sorte, mas sabe como é, sorte é pros fracos. mostre o quanto você é bom! isso basta! ;)

beijo!

gladys disse...

Que sirva de inspiração e refrigério; "O talento é feito na solidão; o caráter nos embates do mundo." (Goethe)